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Estados Unidos evitam confirmar oficialmente incursão russa à Ucrânia

Jennifer Psaki, porta-voz do Departamento de Estado americano, disse que, na quinta-feira, os EUA viram "tanques, veículos blindados e caminhões de transporte reunidos a cerca 25 km da fronteira russa"

Washington - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, aprovou o envio de mais 1.500 conselheiros militares ao Iraque para treinar as forças curdas e de Bagdá, na luta contra o grupo Estado Islâmico (EI) - informou a Casa Branca nesta sexta-feira.

Com esse anúncio, o número de tropas americanas no Iraque praticamente dobrará.

"Como parte da nossa estratégia para fortalecer os parceiros no terreno, o presidente Obama autorizou hoje o envio de até 1.500 membros do pessoal militar americano para um papel não combativo para treinar, aconselhar e ajudar as forças de segurança iraquianas, incluindo as forças curdas", completou a nota divulgada pelo governo.

Alguns desses conselheiros serão enviados para a província de Al-Anbar (oeste), onde o Exército do Iraque foi forçado a recuar diante do avanço dos jihadistas do EI - disse um funcionário da Defesa, em conversa com a AFP, pedindo para não ser identificado.

A mesma fonte revelou que alguns deles embarcam para o Iraque nas próximas semanas.

O treinamento ministrado pelos conselheiros envolverá 12 brigadas iraquianas, sendo nove do Exército regular e três de combatentes curdos, precisou o Pentágono.

Os campos de treinamento serão estabelecidos no norte, oeste e sul do Iraque, "com a participação do pessoal americano e dos membros da coalizão internacional" que luta contra os jihadistas do Estado Islâmico, acrescentou o Pentágono.

"Isto não será apenas uma missão americana, vários sócios da coalizão" contribuem com o plano de treinamento, confirmou o funcionário.


No momento, cerca de 600 conselheiros militares americanos atuam com iraquianos e curdos em Bagdá e Erbil; e há outros 800 militares protegendo a embaixada dos Estados Unidos e o aeroporto na capital iraquiana.

O secretário da Defesa dos EUA, Chuck Hagel, recomendou a Obama que fizesse essa manobra, com base em um pedido do governo iraquiano e na assessoria do Comando Central americano, que supervisiona a ofensiva aérea contra o grupo extremista - informou o Pentágono.

Acusado pela ONU de limpeza étnica e de cometer crimes contra a humanidade, o Estado Islâmico aproveitou a guerra civil na Síria e a instabilidade do Iraque para conquistar amplas faixas de território de ambos os países.

Os Estados Unidos lançaram uma campanha aérea de grande envergadura contra o EI no Iraque, em 8 de agosto, e outra na Síria, contra o mesmo grupo, em 23 de setembro.