Um ex-combatente dos Navy Seals, tropa de elite da marinha americana que trabalha nos mais absoluto sigilo, foi ameaçado de morte por jihadistas depois de revelar publicamente que deu o tiro fatal no líder da Al-Qaeda, Osama Bin Laden. Robert O;Neill, de 38 anos, afirmou ao jornal Washington Post que atirou no líder da Al-Qaeda em seu esconderijo de Abbottabad, Paquistão.
Os jihadistas fizeram ameaças imediatamente contra O;Neill, segundo o SITE, organismo de vigilância das redes utilizadas por extremistas islâmicos. As fotos de O;Neill acompanhadas de mensagens em árabe e em inglês com pedidos de vingança pela morte de Bin Laden foram divulgadas no Twitter e no fórum dos jihadistas Al-Minbar, informou o SITE.
Outro membro da unidade que participou na operação em Abbottabad, Matt Bissonnette, teve problemas em 2012 ao publicar um livro de memórias sem pedir a autorização prévia do Pentágono.
Em uma entrevista exibida na quinta-feira pelo canal NBC, Bissonnette discordou da versão de O;Neill. "Duas pessoas diferentes contam duas histórias diferentes por duas razões diferentes", disse.
"Pouco importa o que diga", destacou Matt Bissonnette, que escreveu o livro "No Easy Day" ("Não Há Dia Fácil", no Brasil) com o pseudônimo de Mark Owen. O;Neill havia completado 15 anos de serviço quando participou da operação contra Bin Laden.
Em 2009, fez parte de uma missão para resgatar o capitão de um navio sequestrado por piratas somalis. A história virou filme, "Capitão Phillips" (2013), protagonizado por Tom Hanks.