Apesar de algumas manifestações contrárias, no Brasil e na Alemanha, principalmente por parte do Partido Verde (PV) dos dois países, a Bundestag - equivalente alemã da Câmara dos Deputados - decidiu hoje (6/11) pela continuidade do acordo de cooperação com o Brasil na área de energia nuclear.
Durante a campanha presidencial brasileira, o candidato Eduardo Jorge (PV) pediu audiência com a presidenta Dilma Rousseff e o embaixador alemão no Brasil para tratar do assunto. O PV alemão entrou, em setembro, com moção contra a continuidade da parceria entre os dois países. Hoje, no entanto, a maioria dos deputados, da base do governo alemão, votou contra a moção.
Assinado em 1975, o acordo é renovado automaticamente a cada cinco anos, caso nenhuma das partes se posicione contrariamente pelo menos um ano antes da renovação, no máximo. Para que não seja renovado em 2015, a posição deve ser evidenciada até 18 de novembro deste ano.
Os parlamentares se comprometeram, no entanto, a avaliar a necessidade de alterações no texto do acordo. De acordo com a moção do PV alemão, a parceria nuclear entre os dois países tem protocolos de segurança ultrapassados, o que causa preocupação em relação à segurança das usinas nucleares brasileiras Angra 1 e Angra 2.