Cidade do Vaticano - O papa Francisco revelou nesta quarta-feira (5/11) que, quando residia na Argentina, expulsou um juiz de um tribunal eclesiástico por corrupção em trâmites para anulação matrimonial. O pontífice afirmou ainda que não descarta que os processos venham a ser gratuitos a fim evitar esses abusos.
Em um discurso improvisado para cerca de 300 participantes de um curso do Tribunal da Rota Romana, o pontífice argentino falou sobre o tema que gera controvérsia dentro da hierarquia da Igreja católica pelos custos, duração e ilegalidades cometidas durante o processo.
"É um escândalo. Eu na Argentina tive que expulsar uma pessoa do tribunal que dizia ;com 10.000 dólares te faço os procedimentos, o civil e o eclesiástico.; Por favor, isso não", advertiu o papa.
"Sobre as anulações temos que ter cuidado para que os procedimentos não entrem no ramo dos negócios", alertou. "Alguns bispos propuseram que o processo seja gratuito. Vamos pensar", afirmou o pontífice argentino.
Durante o sínodo, os bispos do mundo todo o mundo debateram durante duas semanas no Vaticano sobre os novos desafios da família moderna e em particular sobre o problema dos divorciados que voltam a casar sem que tenham obtido anulação do matrimônio.