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Presidente catalão afirma que todos os 'povos devem decidir seu futuro'

O Tribunal Constitucional suspendeu na terça-feira a consulta alternativa ao referendo sobre a independência da região

O presidente regional catalão Artur Mas defendeu nesta quarta-feira (5/11) o direito dos povos de decidir seu futuro, depois que a justiça suspendeu uma consulta simbólica sobre a independência prevista para domingo, o que provocou uma grande tensão com Madri.



Batizada de "processo de participação cidadã", a votação será organizada por 41 mil voluntários coordenados pelo governo da Catalunha. O processo não terá um registro prévio e os cidadãos devem se inscrever em um local de votação. O processo não será supervisionado por nenhuma junta eleitoral.

[SAIBAMAIS]Caso ignorem o tribunal, 5,4 dos 7,5 milhões de catalães poderão votar para responder às duas perguntas: "Quer que a Catalunha se converta em um Estado? Em caso afirmativo, quer que este Estado seja independente?".

"Tem muito valor político, mas não é um referendo", insistiu Mas. "É um processo que tenta conhecer a opinião do povo da Catalunha sobre o futuro político do país". "Peço a todos que participem em 9 de novembro, defendendo sua posição pessoal, mas sabendo que está defendendo um país inteiro", concluiu.