Istambul - Pelo menos 21 emigrantes clandestinos morreram nesta segunda-feira (3/11) em um naufrágio na confluência do Estreito de Bósforo e do Mar Negro, perto de Istambul, segundo um novo balanço das autoridades turcas.
Seis, dos cerca de 40 passageiros do barco, que transportava emigrantes afegãos e sírios para a Romênia, foram resgatados com vida pela guarda costeira turca.
As operações de busca continuam no final da tarde desta segunda-feira (3/11) para encontrar uma dezena de pessoas ainda desaparecidas. Um primeiro balanço da guarda costeira evocava 24 mortos.
Os emigrantes, incluindo muitas mulheres e crianças, pagaram até 7.000 euros por pessoa para realizar o trajeto, segundo o canal NTV.
Os meios de comunicação turcos destacaram que 40 pessoas embarcaram ao sul de Istambul, no Mar de Mármara. A embarcação depois subiu pelo Estreito de Bósforo em direção ao Mar Negro, onde naufragou por um motivo ainda indeterminado perto da cidade de Rumeli Fener.
A bordo também estavam 12 crianças e sete mulheres, segundo a imprensa. A causa do naufrágio ainda não foi determinada, mas algumas fontes citaram um problema de sobrecarga, condições meteorológicas ruins e até mesmo o choque com outra embarcação.
A agência Anatolia informou que os investigadores suspeitam de vazamentos no barco. A Turquia é uma rota importante para a emigração clandestina da Ásia e África para a Europa. Os imigrantes procedentes do continente africano e do Oriente Médio são detidos com frequência no país e os naufrágios são comuns.
A guerra na Síria aumentou o número de emigrantes que passam pela Turquia para tentar entrar na União Europeia, em sua maioria através do Mar Mediterrâneo até a Grécia, que se viu obrigada a reforçar as patrulhas marítimas.
O acidente aconteceu no momento em que a União Europeia debate sobre a validade de prosseguir com as operações de resgate, já que alguns países consideram que as medidas deste tipo acabam por estimular as viagens clandestinas.