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Palestino que atacou ativista isralense morre em tiroteio com a polícia

Ele era suspeito de ter atirado contra um ativista israelense de extrema-direita, Yehuda Glick, que ficou gravemente ferido

Jerusalém - Um palestino suspeito de ter atirado e ferido na quarta-feira (29/10) um ativista da direita israelense em Jerusalém morreu em ação policial nesta quinta-feira (30/10), anunciou a polícia.

"O palestino, que era o principal suspeito do ataque de quarta-feira à noite, foi eliminado em sua casa no bairro de Abu Tor, Jerusalém, por uma unidade das forças especiais da polícia após um tiroteio", afirmou o porta-voz das forças de segurança, Micky Rosenfeld. O palestino foi identificado como Muataz Hijazi, segundo fontes palestinas.

Ele era suspeito de ter atirado contra um ativista israelense de extrema-direita, Yehuda Glick, que ficou gravemente ferido. Glick é um militante que exige há vários anos o direito dos judeus de orar no Monte do Templo em Jerusalém, um dos locais sagrados do judaísmo, onde se encontra a Esplanada das Mesquitas, terceiro local sagrado do islamismo. Já foi expulso diversas vezes da Esplanada pela polícia israelense.



O estatuto da Esplanada das Mesquitas é motivo de tensão permanente. Os muçulmanos temem que o governo israelense autorize os judeus a rezar no local, o que não podem fazer até o momento. Eles suspeitam que tal permissão seria o primeiro passo para destruir as mesquitas, com o objetivo de construir o terceiro templo judaico.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, voltou a negar na segunda-feira o desejo de mudar o estatuto do local sagrado.