Em relação aos oceanos, a temperatura da superfície global foi 0,66; C acima da média do século XX, o que também foi um recorde para setembro.
"Também marcou a maior alta registrada na superfície dos oceanos em qualquer mês, desde que os registros começaram em 1880, batendo o recorde do mês passado, de 0,65; C", acrescentou a NOAA, afirmando que este aumento de temperaturas foi observado em todos os oceanos, principalmente na parte equatorial do Pacífico.
Segundo o informe, o recorde de calor foi detectado em partes de toda grande bacia oceânica, particularmente no nordeste e no Pacífico equatorial.
No Ártico, a cobertura de gelo atingiu seu mínimo anual em meados do mês, com 5 milhões de quilômetros quadrados.
"Isso foi 1,2 milhão de quilômetros quadrados abaixo da média de 1981 a 2010, mas 1,6 milhão de quilômetros quadrados maior que o recorde mínimo, registrado em 2012", informou a NOAA.
Enquanto isso, a tendência de aumento do gelo marinho se manteve na Antártica, com a média em setembro alcançando 20 milhões de quilômetros quadrados, uma área 6,60% maior que a média de 1981-2010.
"Esta foi a maior extensão média de gelo marinho registrada em um mês de setembro na Antártica e a maior extensão média de gelo marinho na Antártica em qualquer mês", destacou o informe.
Antes da conferência anual das Nações Unidas sobre o clima, prevista para dezembro, em Lima, negociadores de 195 países se reúnem a partir desta segunda-feira em Bonn (Alemanha) para avançar rumo a um acordo previsto para 2015, em Paris.
A ONU tenta limitar o aumento das temperaturas mundiais a 2;C com base nos níveis pré-industriais, já que acima disso, as consequências podem ser dramáticas, alertaram os cientistas.
Especialistas afirmam, no entanto, que as tendências atuais de emissões podem levar as temperaturas a alcançar mais do que o dobro desse nível até o fim do século.