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Putin anuncia acordo com Paris, Roma e Berlim para usar drones na Ucrânia

Na quarta-feira passada, em Berlim, o ministro alemão das Relações Exteriores, Frank-Walter Steinmeier, e seu homólogo francês, Laurent Fabius, solicitaram da OSCE uma decisão rápida sobre sua proposta

Milão - Rússia, França, Itália e Alemanha chegaram a um acordo para utilizar drones de vigilância no leste da Ucrânia, em particular na fronteira, anunciou nesta sexta-feira o presidente russo, Vladimir Putin.


"Chegamos a um acordo para utilizar drones, uma técnica moderna que permite definir as zonas que são objeto de ataques", indicou Putin em coletiva de imprensa em Milão. Itália, França e Alemanha manifestaram sua vontade de trabalhar juntos neste projeto, e a Rússia também vai participar".

Os respectivos especialistas devem se "reunir em breve em Viena para acertar as questões técnicas", sob a égide da Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa (OSCE), revelou o presidente russo.

A OSCE anunciou nesta sexta-feira a realização de "consultas imediatas sobre as modalidades de utilização de fontes suplementares de vigilância" na fronteira entre Ucrânia e Rússia. Alemanha e França propuseram oficialmente nesta sexta à OSCE o envio de drones para monitorar o cessar-fogo no leste da Ucrânia.

Na quarta-feira passada, em Berlim, o ministro alemão das Relações Exteriores, Frank-Walter Steinmeier, e seu homólogo francês, Laurent Fabius, solicitaram da OSCE uma decisão rápida sobre sua proposta.

A OSCE realiza na Ucrânia a Missão Especial de Observação (SMM, sigla em inglês) que envolve atualmente 250 observadores, incluindo 80 baseados em cinco cidades do leste do país. A organização internacional prevê elevar este número a 500 até o final de novembro, e iniciar o emprego de drones.