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Nigéria nega acordo com extremistas para libertação de estudantes

Não é a primeira vez que autoridades nigerianas divulgam informações contraditórias sobre o combate ao grupo radical islâmico

Lagos - O porta-voz dos serviços de segurança nigerianos afirmou nesta sexta-feira (17/10) que nenhum acordo foi concluído com o grupo radical islâmico Boko Haram para a libertação das quase 200 estudantes sequestradas em abril, negando o anúncio feito pela Presidência mais cedo.

Perguntado sobre a existência desse acordo para a libertação das jovens, o funcionário do Centro Nacional de Informação respondeu "que esse aspecto ainda não foi concluído, mas as negociações continuam".

Mais cedo, o primeiro-secretário da Presidência, Hassan Tukur, disse à AFP que um acordo havia sido alcançado com o grupo Boko Haram para um cessar-fogo que incluía a libertação das 219 jovens que ainda estão desaparecidas. "Eles concordaram em libertar as meninas de Chibok", afirmou, referindo-se às adolescentes que ainda estão desaparecidas desde o seu sequestro em 14 de abril em uma escola de Chibok, no nordeste da Nigéria.

Não é a primeira vez que autoridades nigerianas divulgam informações contraditórias sobre o combate ao grupo radical islâmico. Mas nesta sexta-feira (17/10) à noite, a Presidência e o Exército pareciam concordar que um cessar-fogo estava próximo de ser declarado.



[SAIBAMAIS]Logo após a divulgação do cessar-fogo, alguns manifestaram dúvidas sobre o acordo, anunciado no momento em que o presidente nigeriano, Goodluck Jonathan, deve declarar sua candidatura à reeleição em fevereiro. A eleição presidencial da Nigéria certamente terá as questões de segurança no centro do debate.

Não há informações sobre Danladi Ahmadu, que Tukur havia citado como interlocutor do Boko Haram e que chegou a dar uma entrevista nesta sexta.