Adis Adeba - A África deve mobilizar mais recursos humanos para lutar contra a epidemia de Ebola que atinge o oeste do continente, considerou nesta quinta-feira (16/10) a presidente da Comissão da União Africana (UA), Nkosazana Dlamini-Zuma.
"Quando a comunidade internacional fez suas promessas (de ajuda), poucos países se comprometeram a disponibilizar recursos humanos", lamentou. "E, no entanto, ainda que a infra-estrutura fosse construída, necessitaremos de homens, profissionais de saúde, para trabalhar nos hospitais e centros de tratamento", acrescentou.
"Isso significa que temos de fazer mais, como um continente, para mobilizar os recursos humanos", disse a chefe do órgão executivo da UA, dizendo que as centenas de "voluntários" mobilizados até o momento são insuficientes.
Em Paris há dez dias, Dlamini-Zuma já havia clamado pelo envio de mais profissionais da saúde para "quebrar o ciclo de Ebola."
Quarta-feira (15/10), o Conselho de Segurança da ONU pediu um aumento da ajuda de seus países-membros na luta contra a epidemia, que representa "a maior emergência de saúde pública dos últimos anos".
[SAIBAMAIS]De acordo com o último relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS), a febre hemorrágica já matou 4.493 pessoas em 8.997 casos registados em sete países (Libéria, Serra Leoa, Guiné, os mais afetados, além de Nigéria, Senegal, Espanha e Estados Unidos).
A OMS teme um aumento no número de infecções, que pode chegar a 10 mil novos casos por semana até o final do ano no oeste africano, contra mil atualmente.