Washington - O presidente americano, Barack Obama, prometeu nesta quarta-feira (15/10) uma resposta "muito mais agressiva" nos Estados Unidos à ameaça do ebola e insistiu em que o risco de uma epidemia séria da febre hemorrágica em solo americano é baixa.
Depois de uma reunião de crise com altos assessores na Casa Branca, Obama reforçou a importância de ajudar países africanos a conter a disseminação do vírus, referindo-se a essa ajuda como "um investimento em nossa própria saúde pública".
"Se nós não respondermos internacionalmente de forma eficaz, então poderemos ter problemas", disse Obama em comentários transmitidos pela TV americana.
O encontro foi realizado depois que a segunda infecção por ebola no Texas foi diagnosticada no hospital onde um liberiano morreu com a doença há uma semana.
Participaram da reunião o vice-presidente Joe Biden, o secretário da Defesa, Chuck Hagel, a secretária de Saúde e Serviços Humanos, Sylvia Burwell, e o secretário de Segurança Interna, Jen Johnson, entre outros membros do alto escalão.
Obama disse que os participantes da reunião discutiram "monitoramento, supervisão, a vigilância em uma forma muito mais agressiva sobre o que está acontecendo el Dallas" para garantir que essas lições sejam "transmitidas para hospitais e clínicas em todo o país".
"Essa não é uma situação em que, como no caso da gripe, os riscos de uma rápida disseminação da doença são iminentes", frisou Obama, acrescentando ter "apertado as mãos, abraçado e beijado" enfermeiras que trataram do paciente com ebola no hospital da Universidade de Emory, em Atlanta.
"Eles seguiram os protocolos. Sabiam o que estavam fazendo, e eu me senti totalmente seguro fazendo isso", declarou.
"Estou absolutamente confiante em que nós podemos evitar uma epidemia séria da doença nos Estados Unidos. A chave para compreender essa doença é que estes protocolos funcionam", prosseguiu.
Até agora, a epidemia de ebola matou 4.493 pessoas de um total de 8.997 casos registrados, sobretudo, na África Ocidental.
Desde o anúncio, no mês passado, de que os Estados Unidos enviariam pelo menos 3.000 militares ao oeste da África para ajudar a combater a epidemia, Obama tem criticado repetidas vezes a resposta internacional à crise sanitária, considerando-a insuficiente.