Miami - Três pessoas foram reportadas como desaparecidas nesta terça-feira (14/10), após a passagem do furacão Gonzalo pelas ilhas francesas Saint Barth e Saint Martin, no norte do Caribe, enquanto as autoridades aguardavam notícias de outras 16.
Gonzalo, que se dirige às águas abertas do Atlântico, causou danos materiais, especialmente no porto de Saint Barth, sobre a qual está o olho do furacão.
Um avião foi forçado a voltar, várias estradas foram bloqueadas pela queda de árvores, e cabos telefônicos e elétricos se soltaram. Antes, três pessoas haviam sido dadas como desaparecidas. "Um homem que caiu do seu barco em Saint Martin e duas pessoas que tentavam chegar até um barco em Saint Barth. Sua busca foi impossível", informou a prefeitura das ilhas.
As autoridades informaram também que continuam sem notícias das 16 pessoas que viajavam em um barco que foi alcançado pelo furacão Gonzalo na noite de segunda-feira (13/10), embora tenham esclarecido que não foram registradas "vítimas em terra".
O furacão se deslocava a 20 km/h e seus ventos sopravam a 175 km/h, com rajadas mais fortes. Gonzalo agora alcança a categoria dois das cinco que compõem a escala Saffir-Simpson e continua ganhando força, podendo se tornar um furacão de magnitude maior na quarta-feira (15/10), informou o Centro Nacional de Furacões (NHC, na sigla em inglês), em Miami, Flórida (sudeste dos EUA).
O NHC também destacou que a ilha de Porto Rico pode ser afetada por ventos de tempestade, mas desativou o alerta de furacão.
O governador porto-riquenho, Alejandro García, disse que, devido à sua trajetória, o furacão não vai impactar a ilha diretamente. De forma preventiva, foi anunciada a suspensão das aulas nesta terça-feira (14/10) em Humacao, uma região da costa leste. "Em vista da informação que temos, decidimos suspender as aulas em Humacao", afirmou García, citado pelo jornal "El Nuevo Día".
Na República Dominicana, que divide com o Haiti a ilha Hispaniola, vizinha a Porto Rico, as autoridades declararam alerta em seus províncias do leste e do nordeste do país. O Centro de Operações de Emergências (COE), que opera em Santo Domingo, destacou que a maior preocupação se deve aos temporais e ventanias que o furacão pode provocar ao avançar, nesta terça-feira (14/10), por águas ao leste da República Dominicana.
A organização pôs em alerta verde, a mais baixa em uma escala de três níveis, as províncias de La Altagracia, El Seybo, Hato Mayor, Samaná e María Trinidad Sánchez. Os moradores dessas regiões devem permanecer atentos às instruções do COE, especialmente os que vivem perto de rios e riachos. Também devem evitar entrar em barcos.
[SAIBAMAIS]O COE disse que os planos de contingência foram ativados e envolvem militares, policiais, Defesa Civil e Cruz Vermelha, entre outras instituições. Gonzalo é o sétimo furacão a se formar este ano na costa do Atlântico