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Estados Unidos alegam quebra de protocolo após caso de Ebola no Texas

A mulher representa o primeiro caso de infecção por Ebola em solo americano e é a segunda pessoa a ser diagnosticada fora da África

Washington - Autoridades de saúde dos Estados Unidos culparam neste domingo uma quebra de protocolo pela contaminação por Ebola de uma profissional de saúde do Texas, que disse ter usado um equipamento de proteção completo.

O hospital de Dallas onde a mulher trabalhava declarou que ela utilizou uma máscara, roupa protetora e luvas durante seus encontros com Thomas Eric Duncan, um liberiano que foi diagnosticado com Ebola nos Estados Unidos no mês passado e morreu na quarta-feira.

A mulher representa o primeiro caso de infecção por Ebola em solo americano e é a segunda pessoa a ser diagnosticada fora da África. A doença já matou mais de 4.000 pessoas, quase todas na África Ocidental.

[SAIBAMAIS]

Seu caso gerou uma investigação dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) americanos, e uma caça por mais profissionais de saúde que podem ter sido expostos ao vírus.

"Estamos profundamente preocupados com a notícia de que uma profissional de saúde do Texas teve um resultado preliminar positivo para infecção pelo vírus Ebola", declarou Tom Frieden, chefe do CDC, à imprensa.

"Não sabemos o que ocorreu no cuidado com o paciente, o paciente original em Dallas, mas em algum momento houve uma quebra do protocolo e esta quebra de protocolo resultou em infecção".

A mulher ajudou a tratar Duncan quando ele foi internado no hospital, no dia 28 de setembro, e teve "contato extensivo" com ele em várias ocasiões durante a sua estadia no Hospital Presbiteriano de Dallas, no Texas, disse Frieden.

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A mulher apresentou febre na sexta-feira. Testes iniciais de laboratório no sábado mostravam que ela tinha um nível baixo de vírus do Ebola em seu sistema, disse Frieden. Segundo as autoridades, a mulher informou aos funcionários do hospital que não estava ciente de nenhuma quebra de protocolo.