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Presidente da Turquia defende entrada de tropas em território sírio

Manifestantes curdos cobram apoio e entram em choque com a polícia turca

Após três semanas de ataques dos extremistas sunitas do Estado Islâmico sobre a cidade síria de Kobane, a pressão para que forças turcas ajam em favor da comunidade curda local começou a se elevar. O presidente Reccep Tayyip Erdogan alertou ontem que a cidade, fronteiriça à Turquia, estava ;prestes a cair;. Apesar de o governo turco ter manifestado disposição em defender a população contra os jihadistas, manifestantes curdos clamaram, na Turquia e na Europa, por ajuda aos combatentes das Unidades de Proteção Popular (YPG, principal milícia curda na Síria). Ao menos nove pessoas morreram em confrontos entre manifestantes e forças de segurança turcas, segundo a agência de notícias Reuters.

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De acordo com o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), mais 400 pessoas já morreram em Kobane desde o início dos ataques do EI, em 16 de setembro. Idris Nassan, vice-ministro de Relações Exteriores do Departamento de Kobane, afirmou ao Correio que, apesar de os jihadistas terem conseguido se instalar no subúrbio da cidade, combatentes do YPG resistiam ;com força; aos ataques. Ele relatou que o bombardeio de forças internacionais lideradas pelos Estados Unidos na região tem provocado o deslocamento dos extremistas e auxiliado os esforços curdos. Segundo Nassan, não havia cooperação entre militares turcos e o YPG até a noite passada. ;Os turcos estão na fronteira, prontos para invadir. Ancara está esperando a queda de Kobane, mas isso vai demorar.;

[SAIBAMAIS];Terror não vai parar;

O EI tomou cerca de 70 aldeias nos arredores de Kobane e forçou o deslocamento de quase 300 mil pessoas. Mais de 190 mil se refugiaram na Turquia. Erdogan afirmou ontem que o lançamento de ataques aéreos contra o EI não basta. ;O terror não vai parar até que cooperemos, por meio de uma operação terrestre, com os que travam combate no terreno;, considerou. Embora os curdos da Síria não apoiem a invasão de forças turcas, líderes do YPG pediram que a comunidade internacional apoiasse sua batalha com o envio de munição e suprimentos.

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