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Ataque contra missão da ONU no Mali mata militar da organização

"No momento, o registro é de um capacete azul morto. Pelo menos quatro foguetes foram disparados contra o acampamento da Minusma em Kidal", indicou uma fonte

Agência France-Presse
postado em 07/10/2014 20:23
Bamako - Um capacete azul morreu nesta terça-feira em um ataque com lança-foguetes contra a sede da missão da ONU no norte do Mali, informou uma fonte dessa missão à AFP. "No momento, o registro é de um capacete azul morto. Pelo menos quatro foguetes foram disparados contra o acampamento da Minusma em Kidal", indicou a fonte.

[SAIBAMAIS]Essa fonte atribuiu o ataque ao grupo islamita Ansar Dine, liderado por Iyad Ag Ghaly, um tuaregue que comandou uma rebelião no Saara até janeiro de 2013, quando forças francesas intervieram no Mali para expulsar os islamitas da capital. O líder radical voltou a atrair as atenções no mês passado com um vídeo em que anunciava que ia retomar a luta armada.

"O islamita malinense Iyad Ag Ghaly concretizou suas ameaças ao atacar o acampamento da missão da ONU", explicou a fonte da Minusma. Um morador da cidade, contatado pela AFP por telefone, confirmou as informações. "O acampamento foi atacado, ouvimos grandes explosões. É de noite, não sabemos o que está acontecendo", explicou esse morador.

Há dois dias, outro ataque de radicais islâmicos em uma localidade da região de Gao (nordeste) causou a morte com nove capacetes azuis nigerianos. O chefe da missão, Hervé Ladsous, anunciou que os capacetes azuis vão "endurecer" sua atuação em Mali, depois de assistir a uma homenagem aos nove militares nigerianos mortos em Gao.

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Os responsáveis por esses ataques "serão castigados, serão perseguidos, pagarão pelas agressões que cometeram", assegurou. "Já não é um contexto de manutenção da paz. Claramente nos obrigam a tomar uma série de medidas que já foram decididas, que estão sendo aplicadas para (...) endurecer nossas proteções", afirmou.

Ladsous disse que, além de reforçar a proteção anti-minas, as forças da ONU utilizarão drones de vigilância. O governo do Mali e seis movimentos armados do norte - em particular grupos tuaregues - assinaram em julho em Argel, capital da Argélia, um documento abrindo negociações e em setembro iniciaram uma segunda rodada de contatos, até agora sem resultados consistentes.

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