Sófia - O futuro político da Bulgária parecia incerto nesta segunda-feira, com a vitória apertada nas legislativas do ex-primeiro-ministro Boiko Borisov, que deverá buscar uma coalizão para formar o terceiro governo em dois anos.
Borisov, que há apenas 20 meses renunciou como chefe de Governo do país mais pobre da União Europeia (UE), encontra-se em uma posição incômoda. Seu partido Gerb (centro-direita) venceu as legislativas de domingo, mas ainda precisa de ao menos 30 cadeiras para alcançar a maioria absoluta.
Com 99,5% dos votos apurados, o Gerb obteve 32,66%, o que, segundo o instituto Alpha Research, corresponde a 85 cadeiras no Parlamento, onde a maioria absoluta é de 121 assentos.
Os socialistas conquistaram 15,31% dos votos e 40 legisladores, e são seguidos pelo partido da minoria turca MDL, que contaria com 39 assentos.
Sem hesitar, Borisov declarou na noite de domingo que estava disposto a assumir a tarefa de formar um governo.
"Quero governar, pessoalmente", disse aos jornalistas o corpulento ex-bombeiro, fazendo um apelo aos dirigentes dos outros partidos para que pensassem cuidadosamente antes de descartar a possibilidade de trabalhar com ele.
Uma coalizão com os socialistas ou com o partido da minoria turca está excluída, já que o primeiro anunciou que permaneceria na oposição e Borisov sustentou que se negaria a governar com o MDL. A alternativa sombria, acrescentou Borisov, seriam novas eleições e a quebra do país.