CAIRO- Um grupo jihadista egípcio publicou um vídeo neste domingo, em sua conta no Twitter, mostrando a execução de quatro homens, incluindo três decapitações, sob a acusação de que seriam espiões do Exército egípcio, ou do Mossad israelense.
Esse é o segundo vídeo divulgado pelo Ansar Beit al-Maqdess (os Partidários de Jerusalém) com o anúncio de decapitações de homens apontados como colaboradores de Israel.
O grupo comete, regularmente, atentados contra as forças da ordem egípcias.
Em diferentes ocasiões, o Ansar Beit al-Maqdess disse apoiar os jihadistas do Estado Islâmico (EI), que divulgou nas últimas semanas vídeos de decapitações de quatro ocidentais sequestrados na Síria.
[SAIBAMAIS]Na gravação postada neste domingo, aparecem imagens de um discurso pronunciado em meados de setembro pelo porta-voz do EI, Abu Mohammed al-Adnani, convocando os jihadistas do Sinai a matar as forças de segurança egípcias.
Em seguida, vê-se a execução de quatro homens. Um deles teria "confessado" trabalhar para o Exército egípcio, e os outros três, para o Mossad, o serviço israelense de Inteligência.
Em 28 de agosto, o grupo já havia colocado on-line a execução de outros quatro indivíduos, também acusados de colaboração com Israel.
Ansar Beit al-Maqdess teria sido fundado por egípcios, em sua maioria, em 2011, após o golpe que derrubou Hosni Mubarak. Até a queda do então presidente islâmico Mohamed Mursi, em julho de 2013, o grupo tinha como principais alvos gasodutos que abastecem Israel.