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Morte de deputado chavista é para desestabilizar a Venezuela, diz Maduro

O líder afirmou que as investigações "avançaram mais do que poderia informar no momento" e que os responsáveis estão perto de serem identificados

Caracas - O governo venezuelano classificou de "encomenda macabra" os assassinatos do deputado governista Robert Serra e de sua companheira na noite de quarta-feira, em sua casa em Caracas, cidade que registra um recorde de violência na América do Sul. O presidente Nicolás Maduro afirmou que os assassinatos foram um "ataque premeditado e calculado" para desestabilizar a Venezuela, país que é cenário de uma forte polarização política.



Serra, de 27 anos e membro do Partido Socialista da Venezuela (PSUV), no poder, e Herrera, que também era sua assistente foram assassinados na noite de quarta-feira, em um bairro do oeste de Caracas. As autoridades afirmaram que o crime será investigado de forma rápida e pediram calma à população diante "dessa monstruosidade". Serra era advogado formado na Universidade Católica Andrés Bello e ganhou notoriedade nos 2007 e 2008, ao integrar a liderança do movimento estudantil que apoiou o falecido ex-presidente Hugo Chávez. Havia sido eleito deputado em 2010 pelo Distrito Capital. Seus restos serão velados na sede da Assembleia Nacional em Caracas, mas detalhes do enterro ainda não foram divulgados.

A Venezuela é um país muito atingido pela violência, com um índice de homicídios que se situa entre 39 e 79 para cada 100 mil habitantes, segundo números do governo e das ONGs, respectivamente. As Nações Unidas consideram a Venezuela o segundo país mais violento do mundo, superado apenas por Honduras. A maioria das vítimas e dos assassinos é de jovens entre 14 e 25 anos. Segundo os especialistas, a impunidade, que deixa 92 em cada 100 homicídios sem solução, é o principal incentivo dos criminosos na Venezuela.