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EUA suspendem sanções por recrutamento de crianças-soldado em seis países

Essas suspensões não significam que os EUA queiram fechar os olhos para o uso de crianças-soldado, ou que estejam proporcionando um "fluxo ilimitado de assistência de segurança", alegou Michel Kozak

Washington - Washington entregará cerca de US$ 26 milhões em ajuda militar ao Iêmen e para melhorar os Exércitos de outros cinco países, eliminando sanções impostas pelo recrutamento de crianças-soldado, informou o governo americano nesta quinta-feira (2/10).

Na última terça, o presidente Barack Obama eliminou sanções e suspendeu proibições à assistência internacional, militar e educacional a Iêmen, Ruanda e Somália, aplicadas sob a Lei de Prevenção de Crianças-Soldado - declarou o subsecretário para Democracia, Direitos Humanos e Trabalho do Departamento de Estado, Michel Kozak.

A República Centro-Africana, a República Democrática do Congo e o Sudão do Sul também tiveram suas sanções parcialmente eliminadas por motivos militares. No caso de Mianmar, Sudão e Síria, acusados do recrutamento em massa de menores em seus Exércitos, essas sanções foram mantidas.

Essas suspensões não significam que os Estados Unidos queiram fechar os olhos para o uso de crianças-soldado, ou que estejam proporcionando um "fluxo ilimitado de assistência de segurança", alegou Kozak.



"A suspensão (das sanções) não supõe que não haja culpados de recrutar crianças-soldado. Ao contrário, significa que há e, então, as sanções serão aplicadas ao infrator", insistiu Kozak, que comparou a situação com a de um "médico tratando de um paciente".

De acordo com o subsecretário, a medida representará "a liberação de US$ 25 milhões em ajuda militar externa para melhorar as habilidades antiterroristas de seus militares" e US$ 1,2 milhão para compor um Exército profissional.