Nova York - O Conselho de Segurança das Nações Unidas ameaçou nesta quinta-feira (2/10) impor sanções a todos que rejeitam a paz na Líbia, em uma tentativa de impulsionar negociações promovidas pelo organismo para acabar com a violência no país.
O enviado especial da ONU, Bernardino Leon, manteve a primeira rodada de negociações com políticos adversários líbios em 29 de setembro, que o conselho descreveu como um passo importante para uma resolução pacífica na Líbia.
Mas a milícia Fajr Líbia (Libia Dawn, no original, Amanhecer Líbio, em versão livre), que controla Trípoli, rejeitou as conversações e declarou em um comunicado que continuará com suas operações militares.
No leste, a "Shura de Revolucionários de Benghazi", formada por grupos jihadistas, entre outros, enviou seu próprio comunicado, rejeitando a iniciativa por considerá-la injusta.
[SAIBAMAIS]A primeira rodada de negociações aconteceu na cidade de Ghadames e nela participaram grupos rivais, com a ideia de restaurar a legitimidade do parlamento internacionalmente reconhecido e que se reúne na cidade de Tobruk desde que milícias islamitas tomaram o controle de Trípoli.
A Líbia vive uma crise desde que Muamar Khadafi foi expulso do poder em 2011. Os islamitas e seus aliados estabeleceram um governo rival em Trípoli, dirigido por Omar al-Hassi, e convocaram uma assembleia legislativa que também controlam.