Os sistemas de saúde dos três países estão completamente saturados pela magnitude da pandemia, e embora a ajuda começa a chegar, a comunidade internacional demorou a reagir.
Nos Estados Unidos, a preocupação aumenta com a possibilidade de transmissão deste vírus mortal após o diagnóstico tardio do primeiro caso fora da África, de um liberiano que chegou em 20 de setembro sem nenhum sintoma, mas que foi diagnosticado com Ebola quatro dias depois.
O paciente procurou ajuda médica no dia 26, mas foi mandado para casa, tendo retornado ao Hospital Presbiteriano de Texas em 28 de setembro e sido colocado em quarentena.
Wall Street em estado de alerta
O período de incubação varia de 2 a 21 dias e uma pessoa que contraiu o vírus torna-se contagiante logo que os sintomas (dor de cabeça, febre ou vômitos) aparecem. O vírus não se transmite pelo ar, como a gripe, e só pode ser transmitido através do contato direto com fluidos contaminados, como sangue ou saliva.
O anúncio do primeiro caso de Ebola nos Estados Unidos abalou as ações da American Airlines em Wall Street na quarta-feira.
As autoridades médicas não ratificaram qualquer tratamento para Ebola, embora tratamentos experimentais têm sido testados, alguns dos quais, aparentemente, com sucesso. Mas vai demorar pelo menos vários meses antes de um tratamento ser aprovado e produzido em larga escala.
O Banco Africano de Desenvolvimento anunciou na quarta-feira 155 milhões de dólares em ajuda para a Libéria, Guiné, Serra Leoa e Costa do Marfim (que não está afetado) para combater a epidemia.
Na Guiné, onde a epidemia foi declarada em dezembro, o presidente Alpha Condé indicou que "o primeiro antídoto é a informação."