Washington - O ex-combatente do Iraque Omar González, de 42 anos, que conseguiu burlar todas as medidas de segurança e entrar armado na Casa Branca, declarou-se "não culpado" nesta quarta-feira em um tribunal em Washington.
O advogado do réu, David Bos, afirmou que seu cliente é "penalmente responsável". González foi formalmente acusado, diante da juíza Deborah Robinson, declarando-se "não culpado" das três acusações que pesam contra ele, em seu segundo comparecimento à Justiça.
[SAIBAMAIS]Entre as acusações, está a invasão ilegal de um prédio protegido de acesso restrito, com posse de arma perigosa e munição ilegal. A juíza Robinson decidiu manter o acusado sob custódia. Se for considerado culpado, ele pode ser condenado a até 16 anos de prisão.
O advogado David Bos recusou que seu cliente seja submetido a um exame psiquiátrico ordenado pela juíza, por considerar González "penalmente responsável". Segundo Bos, no caso de uma avaliação, ela deve ser realizada por um especialista independente, escolhido pela Defesa, e não pela Corte americana.
"Está claro que isso não é adequado", declarou Bos, alegando que se trata de "uma intervenção no campo da Defesa".
Em consequência, a juíza suspendeu a decisão de sua sentença e deve anunciar seu veredito em meados de outubro. A próxima audiência está marcada para 21 de outubro.
Na noite de 19 de setembro, o ex-militar originário do Texas (sul dos EUA) escalou o muro de 2,30 metros do portão norte da Casa Branca e percorreu mais de 60 metros no gramado, perseguido por agentes de segurança.
Ele conseguiu passar pela porta principal e atravessar várias salas, até ser detido no chamado "Salão Leste".
O presidente Barack Obama e sua família tinham acabado de deixar a Casa Branca quando tudo aconteceu. Omar González levava um canivete e, depois, munição foi encontrada em seu carro, segundo a acusação.
González foi diagnosticado com estresse pós-traumático após servir no Iraque.