Nova York - Os países do G4 (Brasil, Alemanha, Índia e Japão) criticaram duramente nesta quinta-feira (25/09) a paralisia no diálogo para a reforma do Conselho de Segurança da ONU. Para os membros do G4, as dificuldades do Conselho de Segurança para atender a "desafios internacionais atuais" reforçam a "necessidade urgente" de uma reforma nessa instância de decisão.
Em um comunicado conjunto, o grupo lamentou que, "70 anos depois da fundação da ONU, 50 anos depois da primeira e única reforma do Conselho de Segurança, uns 15 anos depois da Cúpula do Milênio e 10 anos depois da Cúpula Mundial de 2005 (...), as discussões ainda estejam paralisadas".
Os chanceleres desses quatro países destacaram que o processo de negociar uma reforma do Conselho de Segurança "não pode ser visto como um exercício inútil". O processo "se arrasta por mais de 20 anos", acrescentaram.
Brasil, Alemanha, Índia e Japão são todos candidatos a um lugar permanente em um Conselho de Segurança eventualmente reformado e se apoiam nessa aspiração. Essa reforma deveria melhorar a "representatividade, eficácia e transparência" do Conselho de Segurança, para melhorar "a legitimidade e implementação de suas decisões".
O Conselho de Segurança da ONU é formado por 15 países-membros, mas apenas cinco deles são permanentes: Estados Unidos, Rússia, Reino Unido, França e China. Os cinco também têm poder de veto nas resoluções do grupo. Os outros dez assentos temporários são ocupados pelos demais países por períodos de dois anos, com base em critérios regionais.