Teerã - O Poder Judiciário iraniano afirmou nesta quinta-feira (25/9) que um condenado à morte foi executado após ter sido reconhecido culpado de vários estupros e não por "heresia" como afirmava uma ONG estrangeira.
Mohsen Amir Aslani, de 37 anos, foi enforcado quarta-feira (24/9) depois de ser condenado em março de 2007 por "heresia" e "por insulto ao profeta Jonas", antes das acusações serem agravadas por estupros, segundo a ONG Iran Human Rights, com sede na Noruega.
"Mohsen Amir Aslani cometeu estupros e as afirmações da imprensa contra-revolucionária segundo as quais ele foi enforcado por desvio e má interpretação do Alcorão são falsas", afirmou o chefe de justiça de Teerã, Gholamhossein Esmaili, citado pela agência de notícias do Judiciário.
"Ele era alvo de inúmeras queixas (...) Ele convidava mulheres para sessões de psicoterapia e, infelizmente, ele violou algumas dessas mulheres casadas. Ele foi julgado, condenado e sua pena foi aplicada" na quarta-feira, acrescentou a autoridade.
De acordo com a Sharia (lei islâmica) em vigor no Irã, o assassinato, estupro, assalto à mão armada, tráfico de drogas e adultério são punidas com a pena de morte. A República Islâmica considera que as execuções são essenciais para a manutenção da ordem e que este tipo de sentença é aplicada após um processo judicial completo.
O Irã, junto com a China, Iraque, Arábia Saudita e Estados Unidos, realiza o maior número de execuções no mundo. Em 2013, pelo menos 500 pessoas foram executadas no Irã, principalmente por delitos relacionados a drogas, segundo a ONU.