Moscou - O tribunal municipal de Moscou confirmou nesta quinta-feira (25/9) a prisão domiciliar para o magnata russo Vladimir Yevtushenkov, acusado de lavagem de dinheiro, disse à AFP a porta-voz do tribunal, Uliana Solopova.
O tribunal rejeitou, assim, o recurso dos advogados do presidente do conselho de administração do holding AFK Sistema, que haviam proposto uma fiança de 300 milhões de rublos (6,1 milhões de euros).
Outro recurso apresentado pelos advogados, pedindo autorização para que pudesse comparecer ao seu local de trabalho com frequência, também foi negado, segundo a porta-voz.
Yevtushenkov pode "abandonar sua casa com a permissão dos investigadores, mas isso não prevê deslocamentos regulares ao seu local de trabalho", disse.
Também não pode utilizar telefone ou internet e pode se comunicar apenas com os membros de sua família e com seus advogados.
Este magnata é o 15; homem mais rico do país, com uma fortuna estimada em 9 bilhões de dólares pela revista Forbes.
Foi acusado de lavagem de dinheiro no dia 16 de setembro e colocado sob prisão domiciliar durante dois meses em sua casa de Jukovka, perto de Moscou.
É acusado principalmente de desvios durante a privatização, no início do ano 2000, do grupo petrolífero Bashneft, uma das joias do holding AFK Sistema.
Yevtushenkov nega todas as acusações. "Consideramos estas acusações absurdas", disse nesta quinta-feira Vladimir Kozin, um de seus advogados, citado pela agência pública Ria Novosti.
A acusação provocou o temor de que se repita o caso do grupo Yukos na Rússia, desmantelado após a prisão de seu fundador, o magnata Mikhail Kodorkhovsky, em um caso que muitos analistas consideraram uma operação política por parte do Kremlin.