NOVA YORK - O Conselho de Segurança da ONU, reunido em uma sessão extraordinária presidida pelo presidente americano Barack Obama, adotou nesta quarta-feira uma resolução unânime para conter o fluxo de jihadistas estrangeiros para Síria e Iraque e responder à ameaça que representam para seus países de origem.
Obama esteve à frente da reunião do Conselho, realizada em paralelo à Assembleia Geral da ONU, já que os EUA exercem a presidência rotativa do principal órgão das Nações Unidas. As conversas também tiveram a participação de outros chefes de Estado, como o francês François Hollande.
A resolução obriga os países, sob pena de sanções, a impedir que seus cidadãos se envolvam com organizações extremistas, como o grupo Estado Islâmico (EI). Ao abrir a sessão, Obama lembrou o refém francês sequestrado e decapitado na Argélia e manifestou sua solidariedade à França. "Estamos juntos com vocês e com o povo francês enquanto lamentam esta terrível perda e nos erguemos contra o terror em defesa da liberdade", disse Obama a Hollande.
O presidente americano ressaltou que, segundo especialistas, cerca de 12.000 combatentes estrangeiros procedentes de mais de 80 países se juntaram nos últimos anos a organizações extremistas no Iraque e na Síria. "Uma resolução não bastará, as boas intenções não são suficientes. É necessário que as palavras pronunciadas aqui sejam acompanhadas de ações concretas durante os próximos anos", afirmou.
A resolução foi proposta pelos Estados Unidos, que têm se esforçado nas últimas semana para formar uma coalizão internacional contra o EI. Washington e seus aliados realizam desde 8 de agosto ataques aéreos contra posições do EI no Iraque e, desde segunda-feira, na Síria.