O primeiro-ministro evitou qualquer referência aos ataques realizados na vizinha Síria pelos Estados Unidos e por vários aliados árabes. "Há uma ameaça direta contra a Grã-Bretanha (...) Há agora uma estratégia coerente para derrotá-la", acrescentou em referência aos jihadistas. "O que estamos fazendo é legal, é adequado e não envolve o envio de tropas de combate. Como de costume, quando o nosso país é ameaçado desta forma, não podemos fugir às nossas obrigações", acrescentou.
Cameron disse ainda que vai presidir uma reunião de gabinete na quinta-feira, em seu retorno dos Estados Unidos. Em entrevista à NBC News na terça-feira à noite, ele revelou suas intenções ao dizer: "Essas pessoas querem nos matar. Devemos formar esta coalizão (...) para garantir a destruição desta organização do mal".
O líder trabalhista Ed Miliband afirmou nesta quarta que está "aberto à possibilidade" de bombardeios britânicos contra o EI no Iraque. No entanto, argumentou que a ampliação da campanha para a Síria exigiria uma deliberação prévia do Conselho de Segurança da ONU. As palavras do líder da oposição significam que o primeiro-ministro não deve sofrer mais um golpe no Parlamento.
No ano passado, o Partido Trabalhista se opôs a um plano do governo para uma ação aérea contra o regime do presidente sírio, Bashar al-Assad. Seis caças Tornado que operam a partir de uma base da Royal Air Force no Chipre já estão envolvidos em missões de vigilância no Iraque. Além desse apoio logístico, o envolvimento britânico no conflito é limitado ao fornecimento de armas aos combatentes curdos.