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Intervenção militar aprofunda conflitos no mundo, diz Dilma na ONU

A presidente afirmou que o Conselho de Segurança das Nações Unidas tem dificuldades em promover soluções pacíficas para os conflitos

Nova York - A comunidade internacional foi incapaz de resolver antigos conflitos e impedir o surgimento de novas crises, já que o uso generalizado da força não age sobre as causas de tensão, afirmou nesta quarta-feira (24/9) a presidente Dilma Rousseff ante a Assembleia Geral das Nações Unidas. Em um enérgico discurso que inaugurou a 69; Assembleia Geral, Dilma afirmou que a geração de líderes mundiais à qual ela própria pertence foi "incapaz de resolver velhas disputas e evitar o surgimento de novas". "O uso da força é incapaz de eliminar as causas profundas de conflito".



"O Conselho de Segurança tem dificuldades em promover soluções pacíficas para os conflitos. É necessária uma reforma profunda do Conselho para superar a paralisia atual. Este processo já demorou muito". O discurso de Dilma Rousseff, no primeiro dia da Assembleia Geral da ONU, acontece um dia depois que os Estados Unidos realizaram ataques aéreos contra posições do grupo jihadista Estado Islâmico (EI) na Síria, operação que virou o tema central da cúpula em Nova York.

A presidente brasileira também alertou que as principais instituições financeiras internacionais, como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial (BM), correm o risco de perder legitimidade e eficácia. Isso acontece, assinalou, pela "disparidade entre a crescente importância de los países em desenvolvimento na economia global, e sua insuficiente representação os organismos financeiros".