Nova York - O chefe da diplomacia francesa, Laurent Fabius, declarou nesta segunda-feira que seu país "não vai ceder às ameaças de um grupo terrorista", depois que uma organização ligada aos jihadistas do Estado Islâmico (EI) ameaçou matar um refém francês na Argélia.
[SAIBAMAIS]"Tentamos fazer o máximo para libertar os reféns, mas um grupo terrorista não pode influenciar na posição da França (...) Não podemos ceder em nada às ameaças de um grupo terrorista", declarou Fabius em uma entrevista coletiva à imprensa em Nova York, onde participa da cúpula da ONU sobre mudanças climáticas.
Pouco antes, na mesma conferência, Fabius confirmou a autenticidade de um vídeo no qual o refém Hervé Pierre Gourdel aparece pedindo ao presidente francês que o tire dessa situação. Ele está sentado no chão, entre dois homens mascarados e armados com fuzis. Um deles ameaça decapitar o francês se em 24 horas os ataques contra o EI no Iraque não forem suspensos.
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"Deixo para Hollande, o presidente do Estado francês criminoso, a iniciativa de interromper os ataques contra o Estado Islâmico nas 24 horas depois da divulgação deste comunicado ou seu compatriota Hervé Gourdel será degolado", afirma um dos homens armados. Gourdel foi sequestrado na noite de domingo na região de Tizi Ouzou, 110 km a leste de Argel, segundo as autoridades francesas e argelinas.
O anúncio do sequestro foi feito poucas horas depois de uma ameaça do EI de matar cidadãos franceses e americanos e dos países pertencentes à coalizão internacional criada para combater esse grupo extremista sunita no Iraque e na Síria. A França é até agora o único país envolvido, além dos Estados Unidos, nos ataques aéreos contra os jihadistas do EI no norte do Iraque.