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Estado Islâmico cerca cidade curda da Síria e provoca fuga em massa

A tomada da cidade Ain al-Arab (Koban em curdo), terceira localidade curda mais importante da Síria permitiria ao grupo jihadista controlar sem descontinuidade uma ampla região da fronteira Síria-Turquia



Quase 70.000 curdos da Síria buscaram refúgio na Turquia nas últimas 24 horas para fugir do avanço do EI, anunciou o Alto Comissariado para os Refugiados das Nações Unidas (Acnur).

"O Acnur reforça sua ação para ajudar o governo da Turquia a socorrer os 70.000 sírios que fugiram para a Turquia nas últimas 24 horas", afirma um comunicado do organismo da ONU divulgado em Genebra.

"O governo turco e o Acnur se preparam para a possível chegada de centenas de milhares de refugiados nos próximos dias", completa a nota.

Casas destruídas

Refugiados contaram à AFP que os jihadistas bombardearam e destruíram casas. Além disso, decapitaram os moradores que permaneceram nas áreas ocupadas.

Milhares de pessoas, incluindo idosos, crianças e mulheres, foram obrigadas a fugir com seus pertences e seguiram para o posto de fronteira de Mursitpinar, sul da Turquia.

Os soldados abriram o alambrado que separa os dois países em vários pontos para facilitar a entrada dos refugiados.

No sábado, 300 combatentes curdos da Turquia entraram no território sírio para apoiar os curdos da Síria, segundo o OSDH.

Abdel Rahman afirmou que permanecia sem informações sobre o destino de 800 habitantes das localidades ocupadas pelo EI.

Sem missão americana

O presidente americano Barack Obama afirmou na semana passada que estava preparado para ampliar os ataques à síria e atacar posições do EI neste país, como já acontece no Iraque.

Mas até o momento as forças americanas não efetuaram nenhum ataque na Síria.

Obama descartou o envio de tropas terrestres, tanto à Síria como ao Iraque.

Até o momento, os bombardeios americanos no Iraque ajudaram as tropas iraquianas a conter o avanço dos jihadistas no norte do país, onde controlam várias regiões.

Obama afirmou no sábado que mais de 40 países manifestaram a disposição de participar em uma ampla campanha contra o EI.