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Nova York reforça segurança diante de 'crescente tensão internacional'

Novo plano de segurança custará dezenas de milhões de dólares, uma "carga financeira significativa" para os cofres públicos

Nova York - O governador de Nova York, Andrew Cuomo, anunciou nesta sexta-feira (19/9) o reforço da segurança no estado e na cidade diante da "crescente tensão internacional", embora tenha evitado falar de ameaças terroristas "específicas". O plano, que entrará "plenamente em operação a partir da próxima semana" e "vai durar vários meses", inclui uma mobilização maior da Guarda Nacional e de policiais em aeroportos, estações de trens e locais públicos muito frequentados, afirmou o governador em uma entrevista coletiva à imprensa.

Nova York foi cenário em 2001 do maior ataque terrorista em território americano, que deixou cerca de 3 mil mortos quando dois aviões de passageiros sequestrados por islamitas foram jogados contra as Torres Gêmeas do World Trade Center. "Sabemos que as tensões internacionais aumentaram e que este estado e esta cidade estão no topo da lista de possíveis alvos", afirmou o governador democrata, referindo-se, principalmente, à ameaça representada pelos jihadistas do Estado Islâmico (EI) ao Ocidente.

Cuomo disse, no entanto, que "não há ameaças específicas ou críveis". Mas eventos planetários marcados para a ;Big Apple; deixaram as autoridades em alerta. A Assembleia Geral da ONU será realizada na semana que vem na sede das Nações Unidas, com a participação de cerca de 120 governantes de todo o mundo. Antes, no domingo, será realizada uma grande mobilização contra as mudanças climáticas - a Marcha Climática dos Povos - que promete ser a maior da história para esse tema.



O novo plano de segurança custará dezenas de milhões de dólares, uma "carga financeira significativa" para os cofres públicos. "Uma das prioridades do governo é a segurança pública. O custo é secundário. Este é um plano inteligente e completo", ressaltou Cuomo, após uma reunião com as agências de segurança do estado e da cidade.

O governador deve fazer um novo anúncio na semana que vem, desta vez com seu colega de Nova Jersey, o republicano Chris Christie. Os extremistas sunitas do grupo EI, acusados pela ONU de crimes contra a Humanidade, espalham o terror nas regiões sob seu controle no Iraque e na Síria, onde anunciaram a criação de um "califado" em territórios de ambos os países. Desde o fim de agosto, os jihadistas publicaram imagens da decapitação de dois jornalistas americanos e de um trabalhador humanitário britânico sequestrados na Síria, em resposta aos ataques aéreos dos Estados Unidos.