Gordon Brown deixou Downing street em 2010 marcando recordes de impopularidade. Considerado decisivo nas últimas horas de campanha pelo ;Não; à independência da Escócia, o ex-primeiro-ministro trabalhista agora é visto como salvador da nação. A cena se passa na quarta-feira em um comício político em Glasgow, na véspera do referendo histórico para decidir o futuro da Escócia.
De fato, mesmo entre as fileiras dos separatistas, era Gordon Brown quem assustava. "Que David Cameron, Ed Milband (líder da oposição) e Nick Clegg (líder do Partido Liberal-Democrata) venham a Escócia não nos perturba nenhum pouco. Eles são tão impopulares que só vão aumentar as chances do ;Sim;. Mas a vinda de Gordon Brown nos incomoda mais. As pessoas o respeitam por aqui", destacou Gary Cocker, membro do Partido Nacional Escocês (SNP).
No Twitter, alguns notavam com ironia nesta sexta-feira que, intervindo na campanha, Gordon Brown, comparado com o super-herói "Flash Gordon", pode ter impedido a separação do Reino Unido, mas também salvado a cabeça de seu ex-rival David Cameron.
"David Cameron deveria agradecer a Gordon Brown por salvar a união", twittou Edward Adoo, artista e consultor musical de Londres.
"Gordon Brown parece de repente ter ganhado ares de um político cheio de futuro, enquanto que sua carreira parecia estar enterrada", observou o Financial Times. "Um futuro primeiro-ministro da Escócia?".