Os seis milhões de habitantes de Serra Leoa estavam nesta sexta-feira (19/9) confinados durante uma campanha de três dias contra a epidemia de ebola, uma medida drástica das autoridades para lutar contra este vírus
As ruas de Freetown, a capital, estavam desertas, e eram percorridas apenas por veículos de trabalho e de urgências, constatou o correspondente da AFP. "Todos parecem respeitar as recomendações", comemorou em uma declaração à AFP o chefe da polícia, Francis Munu.
No entanto, os especialistas em saúde pública duvidam da eficácia de medidas tão coercitivas, e destacam o risco de prejudicar esta luta minando uma confiança já frágil entre a população e os profissionais de saúde.
Em Serra Leoa, as autoridades mobilizaram no âmbito da campanha 30.000 pessoas (7.136 equipes de quatro pessoas) para visitar 1,5 milhão de lares.
As equipes distribuirão em cada casa sabonete e panfletos informativos sobre o ebola e instalarão em cada bairro comitês de vigilância. Mas não entrarão nas casas e alertarão os serviços especializados se descobrirem doentes ou mortos, disse o governo.
As autoridades, que temem que o vírus possa se propagar e afetar até 20% da população, previram leitos adicionais em todo o país, em particular na capital Freetown.