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Jihadistas avançam no norte da Síria e EUA preparam ajuda aos rebeldes

A Câmara de Representantes americanos já aprovou na quarta-feira o projeto que visa a equipar e treinar os rebeldes moderados sírios

Bagdá - O grupo Estado Islâmico (EI) continuava avançando no norte da Síria, ao mesmo tempo em que o Senado dos Estados Unidos pode dar nesta quinta-feira (18/9) luz verde para um plano de apoio aos rebeldes sírios para combater os jihadistas. Os jihadistas do EI divulgaram nesta quinta-feira o vídeo de um prisioneiro britânico, John Cantlie, no qual este jornalista sequestrado na Síria em novembro de 2012 anuncia que revelará a verdade sobre o EI nos "próximos episódios".



[SAIBAMAIS]Se os jihadistas conseguirem tomar o controle de Ain al-Arab, as regiões curdas do nordeste do país estarão ameaçadas. No vizinho Iraque, os jihadistas também conquistaram amplos territórios desde que lançaram em junho uma forte ofensiva que encontrou pouca resistência das forças iraquianas, oprimidas pelo ataque. Desde então, o exército iraquiano, aliado com milícias xiitas e tribos sunitas e apoiado pela aviação americana, tenta ganhar espaço. As tropas de elite não conseguiram, no entanto, entrar no setor de Fadhiliya, a 50 km de Bagdá, apesar do apoio de caças americanos, segundo um chefe da tribo dos Janabi.

Combate sem sacrifícios

Dois anos e meio após a retirada dos últimos soldados americanos do Iraque, Obama reafirmou na quarta-feira que não mobilizará soldados em terra. O presidente francês, François Hollande, também reafirmou nesta quinta-feira que apoiará militarmente o Iraque, com operações aéreas, mas não em terra. Uma declaração que foi saudada pelo secretário americano de Estado, John Kerry. "O presidente Hollande anunciou ter autorizado que a França realize ataques aéreos no Iraque, em resposta a um pedido do governo do Iraque. E obviamente damos as boas-vindas a este anúncio público", declarou perante a comissão de assuntos estrangeiros da Câmara de Representantes.

Já o presidente iraniano, Hassan Rohani, cujo país - xiita - se opõe ferozmente aos sunitas extremistas do grupo Estado Islâmico, criticou a negativa de enviar tropas terrestres. "É realmente possível combater o terrorismo sem nenhuma dificuldade, sem sacrifícios?", perguntou Rohani. Além de significar uma ameaça para a região, os países ocidentais temem que seus cidadãos que combatem nas fileiras desta organização, conhecida por seus atos atrozes como apedrejamentos, sequestros ou decapitações, possam significar um risco quando voltarem para seus países.

Precisamente nesta quinta-feira, a Austrália anunciou que havia detido 15 pessoas e frustrado um plano de assassinato dos jihadistas do EI que, ao que parece, pretendiam filmar a decapitação de civis. Na França, os deputados adotaram um projeto de lei de luta contra o terrorismo que proíbe sair do país para se unir a projetos terroristas como a jihad.