Washington - A Casa Branca anunciou nesta quinta-feira (18/9) o desbloqueio de 46 milhões de dólares para ajuda em equipamentos e formação das forças de segurança ucranianas, pouco antes do encontro entre os presidentes Barack Obama e Petro Poroshenko em Washington. Este novo financiamento, que elevará a um total de 116 milhões de dólares as ajudas à Ucrânia em segurança, será para ajudar o país a enfrentar os rebeldes pró-russos, vigiar e reforçar a segurança nas fronteiras e a fazer com que suas forças operem de maneira mais eficaz.
[SAIBAMAIS]Esta ajuda, que exclui armamento, envolve, em particular, o envio de equipamentos de telecomunicações, radares, coletes à prova de balas, capacetes e uniformes. Esperado na Casa Branca por volta do meio-dia, Poroshenko começou nesta quinta-feira sua visita a Washington com um discurso ante o Congresso americano, onde denunciou que as agressões da Rússia ao seu país são uma ameaça para a segurança mundial.
O ex-empresário de 48 anos também pediu que seu país receba um status especial de aliado não membro da Otan. No entanto, Washington não defende esta proposta, argumentando que não mudará a situação no país. "Acreditamos que este status não fornecerá nada de novo à Ucrânia, além do que já se beneficia", disse um funcionário americano que preferiu permanecer no anonimato.
A administração de Obama, que também desbloqueou 7 milhões de dólares para ajuda humanitária, exclui o envio de armas a Kiev, exigida por alguns membros do Congresso americano. "Não há uma solução militar simples, que mediante o envio de certo tipo de equipamento mude o equilíbrio de forças", opinou a mesma fonte. "O objetivo é melhorar a capacidade de resistência da Ucrânia frente a outras incursões em seu território e, no longo prazo, favorecer a formação e adaptação de suas forças de segurança", acrescentou.