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EUA recebem com satisfação pacto histórico entre Ucrânia e União Europeia

"Felicitamos o povo da Ucrânia por estar fazendo história hoje", disse a porta-voz do Departamento de Estado

Washington - Os Estados Unidos receberam nesta terça-feira com satisfação a ratificação de um pacto histórico entre Ucrânia e União Europeia (UE) e as novas leis que garantem a autonomia do leste do país, pedindo que Moscou implemente um acordo de cessar-fogo em contrapartida. "Felicitamos o povo da Ucrânia por estar fazendo história hoje", disse a porta-voz do Departamento de Estado, Marie Harf, em um comunicado.

[SAIBAMAIS]Ao "seguir adiante" com o acordo de associação com a UE "frente a grandes desafios, os líderes da Ucrânia manifestaram a vontade do povo ucraniano", afirmou. Os parlamentos europeu e ucraniano aprovaram ao mesmo tempo o acordo de associação política e econômica, que havia sido rejeitado no ano passado pelo governo anterior, desencadeando a mais grave crise na ex-república soviética desde que se tornou independente, em 1991.

O Parlamento Europeu reunido em Estrasburgo (leste da França) ratificou este acordo com 535 votos a favor, 127 contra e 35 abstenções. Os legisladores em Kiev também votaram a favor de um texto que concede o autogoverno às regiões orientais sob controle dos rebeldes pró-russos, prevê eleições para 7 de dezembro e oferece uma anistia aos combatentes, como parte de um plano de paz elaborado há 11 dias para acabar com o conflito de cinco meses.

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"Aplaudimos a aprovação no Parlamento da Ucrânia das leis sobre anistia e estatuto especial para partes específicas de Donetsk e Lugansk", no leste do país, disse Harf. De acordo com Harf, "estas novas leis manifestam o compromisso permanente do governo da Ucrânia de solucionar pacificamente o conflito no leste" do país.

O governo americano pediu que a Rússia e os separatistas "mantenham reciprocidade e comecem com a aplicação imediata e total dos doze passos do acordo de cessar-fogo". Em cinco meses de conflito, mais de 2.900 pessoas morreram e 630.000 foram obrigadas a deixar suas casas, segundo novos dados da ONU divulgados nesta terça.