A chave do sucesso está no compromisso político: "Não nos conformamos com o crescimento das economias e em acreditar que o crescimento por si só soluciona o problema da pobreza", disse Benítez.
Em toda a região existem políticas sociais muito ativas, segundo a FAO, que têm por objetivo reduzir as desigualdades. No entanto, a cara da fome na região continua sendo majoritariamente a de uma mulher rural e indígena.
Entre os 37 milhões que ainda sofrem fome na América Latina, a maioria se concentra nas zonas rurais, onde mais da metade da população está abaixo da linha da pobreza e 30% abaixo da linha de indigência.
Além disso, há grandes diferenças de gênero. "As mulheres, no mesmo trabalho que os homens, têm uma remuneração menor", afirmou Benítez. Embora os índices de pobreza tenham diminuído na região, a proporção de mulheres pobres é maior.
As populações indígenas também são especialmente afetadas. Em alguns países a insegurança alimentar afeta até seis vezes mais os indígenas.