Estocolmo - A Suécia realiza neste domingo suas eleições legislativas, para as quais as primeiras pesquisas de boca de urna apontam uma vitória da oposição social-democrata e um avanço da extrema-direita, que pode se tornar a terceira força neste país membro da União Europeia.
Os colégios eleitorais abriram às 8h00 (3h00 de Brasília), nestas eleições para renovar as 349 cadeiras do Parlamento, após oito anos de governo conservador do primeiro-ministro Fredrik Reinfeldt, de 49 anos. As urnas vão fechar às 20h00 (15h00 de Brasília).
Segundo a primeira pesquisa de boca de urna realizada pelo instituto YouGov e publicada pelo jornal Metro em seu site, os sociais-democratas têm 29,6% dos votos, enquanto os Democratas da Suécia (extrema-direita) marcam 10,4% dos votos, o que os tornaria a terceira força do país.
[SAIBAMAIS]As pesquisas das últimas semanas já previam uma derrota de Reinfeldt, do Partido dos Moderados (centro-direita), para o seu adversário social-democrata Stefan L;fven, de 57 anos, ex-operário e sindicalista, que nunca foi um ministro ou deputado.
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"É bom votar por uma mudança na vida política sueca", declarou L;fven após depositar seu voto em Estocolmo.
"Eu diria que fizemos uma campanha formidável. E mostramos que estamos preparados para continuar por mais quatro anos", afirmou, por sua vez, Reinfeldt, que ainda acreditava em uma vitória.
As reformas liberais promovidas por Reinfeldt e o aumento das desigualdades econômicas cansaram muitos eleitores, em particular os jovens, os mais afetados pelo desemprego.
Durante a campanha, L;fven garantiu representar as pessoas comuns, prometendo fazer mais pelas classes mais baixas, investimentos em melhorias de infra-estrutura e educação.
Para a realização dessas promessas, L;fven pode contar com o bom desempenho da economia sueca e das finanças públicas, mas também corre o risco de ser o primeiro-ministro social-democrata eleito com menos votos na história do país.
Assim, os social-democratas deverão negociar para formar um governo, previsivelmente com os ambientalistas e o Partido de Esquerda.
A outra preocupação da esquerda é o avanço dos Democratas da Suécia (extrema-direita), que entraram no Parlamento em 2010 com 5,7% dos votos (20 assentos), um resultado histórico.
A Europa tem visto um recente aumento acentuado das formações de extrema-direita ou da direita populista, como o UKIP na Grã-Bretanha, a Frente Nacional na França ou o Partido do Povo dinamarquês.