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Pesquisas desfavoráveis não desanimam separatistas da Escócia

A campanha dos separatistas se concentra nesta sexta-feira em Glasgow, capital econômica da região, mas também a mais afetada pelas políticas conservadoras de desindustrialização da década de 1980

Glasgow - As pesquisas favoráveis àqueles que desejam que a Escócia permaneça no Reino Unido, publicadas nesta sexta-feira (12/9), não desanimaram os que sonham com a independência, cujo líder, Alex Salmond, prometeu uma vitória no referendo. Faltam apenas seis dias para o referendo de 18 de setembro, em que 4,2 milhões de habitantes são chamados a dizer "Sim" ou "Não" à pergunta: a Escócia deve ser um país independente?



Salmond visita Aberdeen, Inverness e Dundee, enquanto seu braço-direito, Nicola Sturgeon, estará em Glasgow e Edimburgo. Do outro lado, o líder trabalhista britânico Ed Miliband participará de um comício em Glasgow acompanhado pelo ex-primeiro-ministro e ex-ministro das Finanças, Gordon Brown. A perda da Escócia seria uma tragédia para os trabalhistas e poderia condená-los a anos de oposição. Nas legislativas nacionais, o partido é tradicionalmente vencedor na região.

A pesquisa do YouGov foi elaborada entre 9 e 11 de setembro, no momento em que o Royal Bank of Scotland e o Lloyd;s anunciaram sua intenção de transferir suas operações para Londres em caso de vitória do "Sim". O presidente do YouGov, Peter Kellner, considerou que a pesquisa revela que cada vez mais pessoas acredita que estariam pior em uma Escócia independente, particularmente as mulheres.

"Desde que Gordon Brown entrou no debate, os apoiantes do ;Sim; diminuíram. Suas advertências de que a independência prejudicaria o emprego e as finanças das famílias calaram os independentistas", escreveu no The Times. A Escócia representa um terço do território do Reino Unido e 8,4% de sua população.