Washington - O Departamento de Estado americano considerou nesta quarta-feira (10/9) que uma retirada parcial das tropas russas do território ucraniano, se for confirmada, representará "um pequeno passo adiante".
O presidente ucraniano, Petro Poroshenko, anunciou durante a manhã que grande parte das tropas russas havia deixado a Ucrânia.
"Não podemos confirmar isso de maneira independente", comentou à imprensa Marie Harf, porta-voz do Departamento de Estado, acrescentando: "Evidentemente, qualquer avanço no sentido de uma desescalada seria positivo, mas ainda resta muito trabalho a ser feito", acrescentou a porta-voz. "Se for confirmada (a retirada), estará longe de ser o suficiente. Mas seria um pequeno passo adiante".
Harf também ressaltou que o cessar-fogo "está sendo respeitado, embora haja algumas violações durante a noite".
Já a secretária de Estado adjunta para Relações Europeias e Euroasiáticas, Victoria Nuland, insistiu que "todas as forças estrangeiras devem se retirar (do território ucraniano), todos os equipamentos estrangeiros devem ser retirados, a fronteira deve ser protegida e a descentralização e a anistia prometidas devem ser ratificadas".
[SAIBAMAIS]Além disso, Nuland rejeitou "totalmente" as acusações do presidente russo, Vladimir Putin, que disse que o Ocidente usa a crise na Iraque para "reanimar" a Otan.
"As decisões da Otan derivam diretamente da sensação de ameaça de alguns aliados após o apoio da Rússia à divisão da Ucrânia e a intervenção direta da Rússia na Ucrânia", acrescentou. "Ficaríamos felizes em voltar ao status quo se a Rússia o fizer primeiro".