Depois de Bagdá, Kerry viajará a Jidá (oeste da Arábia Saudita) para se encontrar com os ministros das Relações Exteriores de seis monarquias árabes do Golfo, que pediram mais detalhes sobre sua participação na coalizão.
Também estarão presentes representantes de Iraque, Jordânia, Líbano e Turquia nesta reunião, que ocorre após o anúncio dos países da Liga Árabe de que irão enfrentar grupos terroristas, incluindo o EI.
Para Kerry, trata-se de colocar em andamento "a maior coalizão possível de aliados em todo o planeta para enfrentar o EI". Os Estados Unidos deram um impulso definitivo a esta ideia após a cúpula da semana passada da Otan na qual vários países assentaram as bases da coalizão.
Obama autorizaria bombardeio na Síria
Após uma série de hesitações que provocaram críticas, Obama apresentará na noite desta quarta-feira (22h00 de Brasília) a estratégia dos Estados Unidos contra o EI, durante um pronunciamento.
"Quero que os americanos compreendam a natureza da ameaça (...) e que confiem que podemos enfrentá-la", declarou Obama no domingo. O presidente se manteve, no entanto, fiel a sua linha. Haverá uma segunda fase mais ofensiva de bombardeios aéreos no Iraque, mas não tropas americanas em terra.
O principal ponto de interrogação é a eventual ampliação dos bombardeios aéreos à Síria, onde o EI controla parte do território.
Segundo os jornais New York Times e Washington Post, o presidente autorizaria bombardeios na Síria. O EI "não respeita fronteiras internacionais. Não se pode deixar a eles um lugar de refúgio (...) O presidente será muito claro", disse ao Washington Post Michele Flournoy, ex-vice-secretária da Defesa, que figurou entre os especialistas que se reuniram com Obama na segunda-feira.