Washington - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou neste domingo que na próxima quarta-feira apresentará seu plano de ação para lutar contra o Estado Islâmico, e esclareceu que não está previsto o envio de tropas americanas por terra, nem que pretende fazer "o equivalente à guerra no Iraque".
"Agora, a próxima etapa é passar para uma forma de ataque. Eu me reunirei com os líderes do Congresso na terça. Na quarta, farei um discurso e descreverei como será nosso plano de ação", explicou o presidente em uma entrevista à NBC News difundida neste domingo, mas gravada no sábado, na Casa Branca, um dia depois de sua volta da cúpula da Otan no Reino Unido.
[SAIBAMAIS]"O EI representa uma ameaça devido a suas ambições territoriais no Iraque e na Síria. Mas a boa notícia que vem da recente cúpula da Otan é que o conjunto da comunidade internacional entende que se trata de uma ameaça que precisa ser enfrentada", afirmou ainda.
Em uma reunião à margem da cúpula da Otan na sexta-feira, em Newport (Reino Unido), Estados Unidos e outros nove países - Grã-Bretanha, França, Alemanha, Itália, Dinamarca, Austrália, Turquia, Canadá e Polônia - falaram da criação de uma coalizão para lutar contra os islamitas do EI no Iraque e na Síria, mas que exclui qualquer tipo de ofensiva terrestre.
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Na entrevista ao programa "Meet the Press", Obama insistiu que não serão enviados 100.000 soldados americanos. "Faremos parte de uma coalizão internacional, realizando ataques aéreos para apoiar o trabalho das tropas iraquianas e curdas no terreno", explicou. Neste domingo, os Estados Unidos ampliaram sua campanha aérea contra os jihadistas no oeste do Iraque para proteger uma represa fundamental.
Até então, as forças americanas haviam limitado seus ataques a posições do EI ao norte de Bagdá, ajudando o exército iraquiano, os combatentes curdos e as milícias xiitas para tirar dos sunitas ultra-radicais o controle de diversos pontos, como a represa de Mossul, a mais importante do país.
O grupo jihadista assumiu o controle em janeiro de algumas zonas da província ocidental de Al Anbar, de maioria sunita, mas intensificou seu avanço no Iraque graças a uma grande ofensiva lançada em 9 de junho.