Bruxelas - Os embaixadores dos 28 países-membros da União Europeia aprovaram na noite desta sexta-feira (5/9), em Bruxelas, novas sanções econômicas contra a Rússia por atentar contra a soberania da Ucrânia, apesar de um acordo de cessar-fogo entre as forças ucranianas e rebeldes pró-russos, anunciaram os presidentes da Comissão e do Conselho Europeu.
"Este novo pacote de medidas restritivas foi aprovado agora" pelo Comitê de Representantes permanentes dos Estados-membros da UE, indicaram em uma carta os chefes de Estado e de governo, José Manuel Barroso e Herman Van Rompuy.
"Isso dará à União Europeia uma ferramenta eficaz, que deve nos permitir dar uma resposta em pouco tempo", indicaram as duas principais autoridades da UE. "Isso aumentará a eficácia das medidas já estabelecidas e reforçará o princípio de que as sanções da UE têm como objetivo promover uma mudança de atitude da Rússia na Ucrânia", consideraram.
O pacote inclui medidas reforçadas, relacionadas ao acesso aos mercados de capitais, defesa, aos bens de uso dual - civil e militar - e às tecnologias sensíveis, indicaram.
Além disso, foram acrescentados nomes à lista de sanções dirigidas (congelamento de bens e proibições de vistos)".
Essa lista inclui "o novo poder em (a região do) Donbass, o governo da Crimeia, assim como os tomadores de decisão e os oligarcas russos", acrescentaram Barroso e Van Rompuy, sem dar mais detalhes.
No dia 30 de agosto, o Conselho Europeu encarregou as autoridades da UE de reforçar as medidas contra Moscou.
[SAIBAMAIS]O texto será concluído durante o fim de semana, para que um procedimento escrito de adoção possa ser lançado na segunda-feira (1/9) de manhã. Depois de formalmente adotada, esta série de medidas será publicada no Diário Oficial da UE, o que permitirá a sua entrada em vigor, provavelmente na terça-feira (2/9), segundo fontes diplomáticas.
O anúncio foi feito no mesmo dia em que Ucrânia e os rebeldes pró-russos anunciaram a assinatura de um cessar-fogo durante um encontro em Minsk, capital de Belarus. O acordo entrou em vigor nesta sexta-feira (5/9) às 15h00 GMT (12h00 de Brasília), com o objetivo de acabar com cinco meses de combates no leste da Ucrânia.
A situação era de tranquilidade nesta sexta em Donetsk, reduto da rebelião pró-russa no leste da Ucrânia, depois da entrada em vigor da trégua, de acordo com jornalistas da AFP.