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Mulher de 82 anos é decapitada em Londres; polícia descarta ato terrorista

No fim de agosto, a Grã-Bretanha aumentou para "grave" o nível de alerta de segurança, devido ameaça de jihadistas

Londres - O corpo de uma mulher decapitada foi encontrado nesta quinta-feira (4/9) em um jardim do norte de Londres, indicou a imprensa britânica, enquanto a polícia descartou um ato terrorista. Palmira Silva, de 82 anos, e de origem italiana, foi encontrada morta nas proximidades de uma casa em Edmonton, um bairro do norte de Londres, anunciou a polícia.

"Podemos confirmar que a polícia foi acionada para um endereço na Nightingale Road, na quinta-feira às 13h07 (9h07 de Brasília), após o registro de um incidente com arma branca", anunciou a Scotland Yard em um comunicado, negando-se a confirmar se a vítima tinha sido decapitada. "Ao chegarem ao local, os investigadores encontraram uma mulher caída em um jardim", indicou a polícia. "Um homem de 25 anos foi detido, suspeito do assassinato, e está sendo mantido em custódia".

"Mesmo que seja muito cedo para fazer conjecturas sobre os possíveis motivos desse ataque, estou convencido, tendo em vista as informações a que tive acesso, que não há relação com terrorismo", declarou em um comunicado o delegado John Sandlin, que supervisiona a investigação. No fim da tarde, a polícia indicou que investiga uma segunda tentativa de ataque contra duas pessoas em outra casa na mesma rua, ocorrida antes da morte da idosa.



"Um policial foi ferido em sua abordagem e teve o punho fraturado", indicou a polícia, acrescentando que um Taser havia sido usado para imobilizar o suspeito. As autoridades retiraram os moradores da rua de suas casas, enquanto uma equipe perseguia o suspeito, que se deslocava pelos jardins das residências. Uma testemunha disse ter visto um homem correndo com uma faca na mão.

Em 22 de maio de 2013, o assassinato bárbaro do soldado Lee Rigby chocou os britânicos. O militar foi atacado em plena luz do dia em uma rua no sul de Londres por dois londrinos de origem nigeriana. O agressividade foi tão grande que os agressores praticamente decapitaram o militar a facadas diante de várias pessoas. No fim de agosto, a Grã-Bretanha aumentou de "substancial" para "grave" seu nível de alerta de segurança, justificando esta mobilização pela ameaça terrorista devido à possibilidade de retorno ao país de centenas de britânicos que participam da jihad no Iraque e na Síria.