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EUA temem que armas químicas sírias caiam nas mãos de extremistas

O governo americano lançou uma série de ataques aéreos contra militantes do Estado Islâmico, especialmente no norte do Iraque

Os Estados Unidos estão preocupados com a possibilidade de que armas químicas não declaradas pelas autoridades sírias possam cair nas mãos de extremistas, como o Estado Islâmico (EI), revelou nesta quinta-feira (4/9) a embaixadora americana junto à ONU, Samantha Power. Washington "está preocupado com as discrepâncias e com a grande possibilidade de haver omissões reais na declaração" do regime sírio sobre seu arsenal químico, explicou Power.

[SAIBAMAIS]"Os grupos extremistas têm aterrorizado todos que mantêm contato com a Síria e o Iraque, e estes estoques de armas, se ainda existem, podem cair em suas mãos", disse a diplomata em alusão ao Estado Islâmico. Power destacou que o Conselho de Segurança da ONU, presidido pelos Estados Unidos, "está muito atento a este tema" e considerou que a comunidade internacional "deve seguir pressionando pelo esclarecimento de todas as discrepâncias e omissões" nos relatórios da Síria.



Washington lançou uma série de ataques aéreos contra militantes do EI, especialmente no norte do Iraque. Power recordou que o regime sírio já utilizou armas químicas, e citou o ataque ocorrido em 21 de agosto de 2013 no subúrbio de Damasco.

O chefe da missão conjunta das Nações Unidas e da Organização para a Proibição de Armas Químicas, Sigrid Kaag, lembrou que durante as discussões Damasco apresentou "quatro emendas" em sua declaração de armas, e que houveram algumas discrepâncias sobre o volume de produtos químicos tóxicos declarados. No total, foram retirados do território sírio 1.300 toneladas de agentes químicos, material destruído em alto-mar.