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Onze ex-oficiais da ditadura de Pinochet são condenados por torturas

Os crimes da brutal ditadura no Chile deixaram mais de 3.200 pessoas mortas. Acredita-se que 38.000 tenham sido torturadas



A todos os condenados foi concedido o benefício da redução condicional da pena e somente o ex-agente Álvaro Corbalán está preso, condenado à prisão perpétua por outros casos de violação dos direitos humanos.

"A decisão permite acreditar mais nos tribunais e que justiça está sendo feita nos casos de violações dos direitos humanos", afirmou Aguiló à imprensa local.

No segundo caso, o juiz Miguel Vásquez condenou a cinco ex-oficiais da Força Aérea do Chile (Fach) pelo homicídio qualificado de Alfonso Carreño, e pelo sequestro de outras 12 pessoas, todos eles vinculados a partidos de esquerda, segundo outra nota do Poder Judiciário.

Na lista de sequestrados está Guillermo Teillier, atual deputado e presidente do Partido Comunista (PC) que, junto com outras vítimas, foi detido, interrogado e torturado na Academia de Guerra da Força Aérea do Chile em 1974.

Por esse caso, o ex-coronel Edgar Cevallos foi condenado a 27 anos por homicídio qualificado e sequestros qualificados, pelos quais outros quatro ex-oficiais sofreram penas de entre cinco e dez anos. Mas nenhum deles está preso durante o andamento desse processo. Os condenados podem recorrer à Suprema Corte do país.

Os crimes da brutal ditadura de Pinochet deixaram mais de 3.200 pessoas mortas. Acredita-se que 38.000 tenham sido torturadas, segundo dados oficiais.