[SAIBAMAIS]Os pais de pequeno britânico o tiraram na quinta-feira de um hospital em Southampton (sul da Inglaterra), descontentes com o tratamento que o jovem recebia e com o objetivo de levá-lo para a República Tcheca, onde teria acesso a uma terapia menos agressiva do que a radioterapia.
Mas ao chegarem na Espanha, onde tentariam vender uma propriedade para custear o tratamento, os pais de Ashya King foram detidos a pedido das autoridades britânicas. Depois da detenção ocorrida no sábado no sul da Espanha, os pais de Ashya compareceram na segunda-feira a uma audiência.
Ambos não aceitaram ser entregues às autoridades britânicas, que haviam alertado a Interpol sobre sua fuga, afirmando temer pela vida de Ashya King, operado recentemente e que depende de uma sonda nasogástrica para sua alimentação.
Cameron apoia os King
Embora inicialmente o caso tenha sido registrado como um sequestro que colocava em risco a vida da criança, a opinião pública britânica logo voltou-se contra o que considerou um excesso de zelo policial e médico, e até mesmo o primeiro-ministro David Cameron expressou apoio aos pais.
"Fico feliz em saber que a ordem de prisão contra os pais de Ashya King foi retirada. É importante que a criança receba tratamento e o amor de sua família", escreveu Cameron no Twitter após saber da decisão da promotoria.
A polícia, muito criticada, também saudou a decisão da promotoria e, implicitamente, acusou o hospital de Southampton onde Ashya estava internado. A promotoria "tomou a decisão correta ao retirar a ordem de detenção europeia", declarou Simon Hayes, comissário-geral da polícia do condado de Hampshire, onde o caso teve início.
A polícia disse na quinta-feira que a criança estaria em perigo se não recebesse atendimento médico diário e se a bateria da sonda que o alimenta se esgotasse.
Mas o irmão de Ashya, Naveed, divulgou um vídeo no qual detalha todas as precauções tomadas para a viagem da criança. "A vida da criança não esteve em perigo em momento algum. O pai sabe controlar perfeitamente a máquina que o alimenta", afirmou seu advogado espanhol, Juan Isidro Fernández Díaz.