Os 28 membros da Aliança Atlântica darão prosseguimento na cúpula de Gales na quinta e sexta-feira ao reforço da presença militar visível da Otan na Europa Oriental "pelo tempo que for necessário", indicou nesta segunda-feira (1;/9) o secretário-geral da organização, Anders Fogh Rasmussen.
A Otan mobilizará "forças de reação extremamente rápidas capazes de se mobilizar em um prazo de tempo muito curto", indicou Rasmussen em uma coletiva de imprensa em Bruxelas.
Este novo plano "garantirá que tenhamos as forças corretas com o equipamento adequado no local adequado", disse. "Isso significa uma presença mais visível da Otan no leste pelo tempo que for necessário", sustentou.
Os presidentes dos 28 países membros da Aliança darão andamento a este plano, que pode precisar "atualizar as infraestruturas nacionais. As bases aéreas e os portos", disse Rasmussen.
Os países membros da Otan que integravam o pacto de Varsóvia durante a Guerra Fria, em particular a Polônia e os Países Bálticos, exigem desde o início da crise entre Ucrânia e Rússia uma maior presença de Aliados em seus territórios e que ratifiquem o compromisso da Aliança de defender seus membros. Rasmussen voltou a confirmar isso nesta segunda-feira.
Estas novas medidas são tomadas "não porque a Otan quer atacar alguém, mas porque os riscos e as ameaças são mais visíveis. Faremos o necessário para defender nossos aliados".
O plano será "a ponta de lança" da atual Força de Reação Rápida da Otan, contará com alguns milhares de soldados com capacidade para responder por ar, mar ou com forças especiais e que serão colocados a disposição pelos membros da Aliança de maneira rotativa. Os líderes da Otan se reúnem em uma cúpula na quinta e sexta-feira em Gales dominada pela crise na Ucrânia.