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Vice-premiê de Lesoto vai para a África do Sul para reunião em Pretória

No sábado, o primeiro-ministro, Thomas Thabane, denunciou como um golpe de Estado uma intervenção do exército contra a polícia

Joanesburgo - O vice-primeiro-ministro de Lesoto, Mothetjoa Metsing, disse à AFP que viajou neste domingo à África do Sul para uma reunião em Pretória, depois de um golpe militar que obrigou o chefe de governo a viajar também ao país vizinho. Metsing disse ter viajado "a convite do presidente sul-africano", Jacob Zuma, acrescentando que não tem informação sobre quem participará deste encontro.

No sábado, o primeiro-ministro, Thomas Thabane, denunciou como um golpe de Estado uma intervenção do exército contra a polícia. Metsing negou que houvesse um vazio de poder, afirmando que o ministro de Serviços Públicos, Motloheloa Phooko, dirigia interinamente o país.

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Em nível político, a situação é extremamente incerta, após o vazio criado pela partida do primeiro-ministro Thomas Thabane. O Lesoto, formado em grande parte por altas colinas, é um país muito pobre de dois milhões de habitantes, membro da Commonwealth, que fornece ao seu grande vizinho sul-africano água e eletricidade produzida em suas montanhas.

[SAIBAMAIS] Neste domingo Maseru, capital do país, havia recuperado a calma, um dia após a intervenção militar contra a polícia classificada de golpe de Estado. A intervenção do exército, que negou querer tomar o poder, deixou um morto nas fileiras da polícia, indicou um funcionário desta força, Mofokeng Kolo.

Nesta manhã, nada parecia demonstrar na capital a grave crise política atravessada há pouco mais de 24 horas pelo país. Os militares não eram vistos na cidade, e estavam em seus quartéis. Já o quartel-general da polícia, tomado na véspera pelo exército por várias horas, estava vazio.